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NOSSAS LUTAS e NOSSOS SONHOS

  • Foto do escritor: BETH BRETAS
    BETH BRETAS
  • 7 de abr.
  • 4 min de leitura

Atualizado: há 13 horas



“As histórias exigem vozes que as articulem e ouvidos que as escutem. Elas só são capazes de promover a conexão quando existe alguém para falar e alguém para escutar.” – Brené Brown


E então o mundo escutou a história de Eunice Paiva, por meio da produção cinematográfica de AINDA ESTOU AQUI, uma narrativa que revela o teor da bravura dessa mulher que passou por momentos em que a vida se tornou um absurdo dentro de circunstâncias avassaladoras onde, da noite para o dia, ela assistiu a sua residência ser invadida por sombra de medo e de pavor.

 

Momentos em que, silenciosamente, ela escolheu a luta maior e não se rendeu à própria dor. Por uma nação inteira, se tornou uma ativista política e lutou por todos que também estavam sendo engolidos por um sistema autoritário, desumano e cruel.


E então sua história adquiriu dimensão internacional numa noite de reconhecimento glamoroso, passando pelo tapete vermelho, para receber o Primeiro Oscar da História do Brasil.


“Enquanto a saudade vai bulindo aqui por dentro, as lembranças vão se ajeitando para passar a noite comigo. - Eunice de Paiva


Então, essa reflexão é sobre a lição de vida, de força, coragem e determinação de uma mulher que viveu e enfrentou o período da Ditadura Militar, no Brasil.


“Tão intenso, que não coube em palavras.” - Eunice de Paiva


Em todos os tempos, há quem tente implantar doutrinas e explicar os caminhos da humanidade. 


“Duas estradas divergentes têm definido a viagem da humanidade. Se me pedissem para resumir o âmago de todos os argumentos filosóficos desde tempos imemoriais até hoje, eu diria que é o conflito entre o Sol e a Lua, entre “Homens Solares e Homens Lunares.” 

O primeiro grupo acredita na consistência; o outro na criatividade. Mais ainda: todo o ser vivente que houve e há sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus (incluindo os que foram extintos da terra) pertencem a esses dois grupos.”

 Ramko (Rahi Malachia ou Yud al-Yaman)


Ramko faleceu por volta 1250 d.C., período em que o mundo era incompreensível para o homem...

 

E sobre compreender o mundo, nada mudou até hoje. O mundo continua se abrindo para inúmeras possibilidades de existir, dentro de contextos políticos devastadores para a humanidade, gerados por sistemas de doutrinas em que o mundo, no nosso mundo, fica “de ponta cabeça” bombardeado por conceitos que criam desigualdade social discriminatória, cruel.


Nessa hora, UM QUÊ em nós não se mistura com os acontecimentos do mundo nem participa de calendários com eventos programados ou não programados para comemorar derrotas ou vitórias.


UM QUÊ que sustenta as tragédias naturais ou individuais que podem, num piscar de olhos, seja de manhã, de tarde, de noite, a qualquer hora, arrastar cidades e pessoas, surpreendendo homens acordando sem saber o que está acontecendo, dentro de um cenário atordoador... 


E, sem nada poder impedir, os homens assistem a vida mergulhar em sombras de medo e pavor, sem entender seja o que for.


E em volta do cenário, o dia amanhece com esperança para um homem que encontra consolo no sol nascendo bonito, em céu azulado, pronto para amparar o tempo de quem perdeu tudo, num clima de um que se somou a mais um e resultou em ação solidária ou manifesto ou guerra, ou seja, lá o que for...


E dentro desse novo panorama que se instala, histórias vão se somando e criando histórias sobre a humanidade.


As lutas se misturam e as vitórias, as derrotas, ou muito mais que tudo isso se entrelaçam entre vidas de muitos sonhos, muitos acontecimentos divisor de águas em linhas do tempo meu, seu, de todos nós.


“A busca pela empatia é conduzida pelo desejo de saber que não estamos sós. Precisamos saber que outras pessoas experimentaram sentimentos semelhantes e que nossas experiências não nos impedem...” – Brené Brown


De superar nossas tragédias, porque há UM QUÊ, dentro de nós, alimentando nossas lutas e nossos sonhos... 


UM QUÊ superador de todas as tempestades que assolam nossas vidas - independentemente das tragédias e que nos faz celebrar a nossa existência, depois dos temporais!


UM QUÊ que se revelou dentro de Eunice Paiva. 


Andorinhas em bando retornam saudando o final da tarde morena.Um anoitecer vem chegando vagaroso, disperso, mas, com jeito de que vai fazer acontecer.” - Eunice de Paiva


Você passa a ser alguém que observa, estuda, cria soluções e o seu momento ultrapassa qualquer sentimento limitante que te impeça de seguir.


Eunice Paiva encontrou no silêncio dela o convite para uma reflexão mais profunda sobre a verdade do que estava vivendo, naquela casa do Leblon.


“A compaixão não é um relacionamento entre quem cura e quem é curado. É um relacionamento entre iguais. Só quando conhecemos nossas próprias trevas temos condições de estar presentes nas trevas de outras pessoas. A compaixão se torna real quando reconhecemos nossa humanidade compartilhada.” – Brené Brown


Eunice Paiva, você compartilhou sua humanidade com todos nós! 


“Eu não quero te esquecer.

Lembrar é tudo que posso.

É tudo que tenho.”

Eunice de Paiva



GRATIDÃO!



NAMASTÊ!





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8 opmerkingen

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Gast
16 apr

Texto muito sábio. A realidade humana nos surpreende...Gratidão por escrever tudo isso para a gente refletir.

 

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Gast
16 apr

Fantástico esse texto! Eunice Paiva, realmente, não dá para esquecer!!!

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Gast
16 apr

Querida, seu texto mostra que você nasceu para escrever. Você mostra o que a alma expressa. Você consegue colocar em palavras e isso é o seu dom. Que lindo ver você colocar em palavras quase o inexprimível, porque tem coisas que a gente sente em momentos tão profundos que não conseguimos colocar em palavras, mas você consegue! Eu vejo isso. A sua alma quando você escreve, reluz, uma coisa inexplicável que vejo, puro amor. Puro sonho realizado aqui na Terra, viu? Amo, amei e estou amando ler o texto. Ele é profundo, introspectivo de uma alma tão linda de vidas, de sonhos, de pessoas que você consegue colocar tudo em palavras. Gratidão. Parabéns!

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Gast
16 apr

Você dá coexistência para a introspectividade do ser dos sonhos e em belas palavras faz a gente refletir. Você consegue expressar quase o inexpressível.

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Gast
16 apr

Grata por esta reflexão!Seu olhar é muito doce,muito humano,cheio de impactos.Continue escrevendo,porque você brilha.

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