VALIDADE DE UM SÍMBOLO NACIONAL
- MARIA ANÉSIA
- 9 de mai.
- 4 min de leitura

Não tenho dúvidas! Naquele momento longínquo, às margens do Riacho Ipiranga, o ar de liberdade exigiu a ideia de se criar símbolos que fossem o retrato do Brasil. E um deles foi denominado de Bandeira Brasileira. Deram-lhe cores, certos de que essas cores tivessem significados eternos.
Aprendi na escola que o verde, tão verde das matas virgens, está no retângulo de nossa bandeira. Que a esperança de uma terra forte, viva, onde tudo que se plantasse dava frutos, nunca tivesse fim.
- Que ingenuidade, que fragilidade! Aconteceu.
O Homem, imagem e semelhança de Deus, alma viva, raciocínio lógico, pensamentos, é o causador da desgraça do planeta. Põe fogo nos biomas, corta árvores, acaba com a morada dos animais. Estes, desnorteados, se tornam urbanos e sem alegria. Abusam das águas em estado de pureza para atender à mineração. Dorme em berço esplêndido, a minoria, sem se lembrar que a ganância traz vida e morte. Morte instantânea, inocentes de Mariana e de Brumadinho em Minas Gerais.
- Não esqueci de você, professora.
- Estão vendo esse losango amarelo aqui? A bandeira hasteada na parede.
- É a riqueza de nosso país. O Brasil é muito rico, riquíssimo. Ouro em toda parte.
Eu assentada na cadeira bem quietinha, ouvia apenas. Hoje, escrevo perguntando a mim mesma e a você.
- De que vale tanta riqueza se muita gente já morreu de fome e sem um tratamento médico?
Bem que a ciência podia sondar o cérebro humano e descobrir o porquê dessa burrice ou dessa obsessão pelo dinheiro que torna o homem egoísta, distanciando de si mesmo.
- Os indígenas beberam água contaminada por restos de minérios por um bom tempo. O que se viu, foram crianças de pernas sequinhas sustentando uma barriga enorme, perto de pipocar. E a morte os vigiando. Levaram muitas.
- Uma infinidade de gente analfabeta. Pode até nem acreditar, mas ainda existem pessoas que não sabem ler e nem escrever. Nem o seu nome. Acreditam em tudo, em todos. Até virar jacaré se vacinar. Adoram deuses terrestres e fazem o que eles mandam. Não se importando que a barriga ronca de fome ou ficar em uma fila cinco horas em um pronto-socorro. Mais elegante seria falar demora-socorro.
Há diferentes formas de riqueza. Riqueza de espírito e benevolência, a saúde é primordial, a matéria é a mais sedutora. E ao homem a quem Deus deu inteligência e poder, não entende a linguagem e o significado da natureza, a perfeita riqueza. O capitalismo o seduziu e o tornou lobo do lobo. O dinheiro é sua força motriz capaz de ignorar seu próprio sangue. Um manda e corrói, o outro é submisso e aceita. Ainda hoje, explodiu o maior escândalo de uma instituição, O INSS que deveria continuar verde. Consumiu, às escondidas, o sangue de trabalhadores queimados pelo sol tropical de verão, lhes restando migalhas, mal para o sustento. Outros, sob ordens de ditadores capitalistas.
-Dói, né gente. E depois fingem não saber de onde vem a violência, ou seja, uma revolta, um ódio pecador.
- E a professora dizia: - O azul é o céu.
Digo que a terra é também um céu. Aqui mesmo viveria um céu se não houvesse tanta roubalheira e desigualdade social. Não sei, parece que uma luz do céu ( 01) desceu para o (02) e a justiça está sendo feita.
_ Prestem atenção aqui, meninos... Branco simboliza a paz.
Foi o que se imaginou no ato da Independência em 7 de setembro e logo após na Proclamação da República em 1889. Acho que a cor preta representada pelos escravos e a Imagem de Nossa Senhora Aparecida traz muito mais paz. O suor do negro é que elevou o Brasil e o tornou mais gigante ainda. Eu gosto. E essa miscigenação impecável! Povo de diferentes cores. E aceitar isso é fantástico. O Brasil deve mesmo ser chamado de rico.
- Meninada, o que está escrito nessa faixa que corta o azul?
Ordem, se não fossem alguns bons políticos e uma sociedade educada e de bons princípios. Não vou citar nomes porque ninguém governa sozinho. Só sei que entre 2022 e 2023, por um triz e O Brasil seria uma ditadura. Essa por sua vez não impõe ordem e sim morte e tortura.
“Progresso, ô palavra valiosa”! Significa povo que caminha, dinâmico, inteligente, trabalhador, que estuda e se educa. Pena que os herdeiros da corrupção envergonham a todo vapor. É ladrão roubando e dizendo na cara dura que é honesto, que congrega uma igreja santa.
Dá vontade de rir até cair. Têm mais santos do que trabalhadores. E os assalariados se matando para darem voz e poder aos deuses terrestres. Passou aí o grande dia, “Dia do Trabalhador”.Não é ruim, merecido, trabalhar é sinônimo de progresso.
A terra de Santa Cruz vai caminhando. Celebrar o “Dia das Mães” é engrandecer as mulheres de todo lugar. Presentes, encontros para um abraço de muito tempo. Ainda é pouco para aquela que é o pilar de seus lares. E lá fora não ser compensada como os homens. Igual por igual. E por ser mulher, nunca fosse estuprada e desrespeitada por um homem. Não haveria gravidez indesejada, seguida de abortos.
Nesse mundo conturbado pelas drogas, o maior presente de uma mãe seria jamais receber um filho drogado em casa.
- Pergunto, os homens são mesmo humanos?
Acabo de apresentar a Bandeira Brasileira. Os Estados, A União brilham dentro dela. São verdadeiras estrelas que ora acendem ora apagam.
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Infelizmente os símbolos nacionais foram praticamente esquecidos. Ainda me lembro de quando aprendi sobre cada um deles na escola da minha infância. Hoje, a bandeira, o símbolo mais popular, teve o seu significado completamente deturpado - ao ponto de retirar de nós o orgulho de ostentá-lo. Que pena que seja assim! Que bom que você nos trouxe esta reflexão, Anésia!
Muito interessante seu texto, me fez refletir sobre, quando era professora, o quanto tentava explicar o significado dos símbolos nacionais aos alunos. Infelizmente, nossa bandeira tem servido a todo tipo de propaganda, e às vezes do lado de quem foge quilômetros de seu ideal democrático.
A bandeira nacional é de todos! Sigamos!
Parabéns pelo texto!
Quanta manipulação política se encontra dentro das escolas!
E levamos anos para descobrir toda a farsa que alimentou nossos dias escolares.
Namastê!